Estava a tentar inventar um título para o meu post pos-quasi-mortem e lembrei-me do título do livro do Herberto Hélder: A colher na boca. É incrível como uma imagem tão simples (a colher na boca) me pode dizer tanta coisa (após ler alguns poemas do livro e entender o estilo de ideias sugeridas).
Isto dava um longo post mas deixo só a ideia mais simples e importante para mim. Uma colher numa boca é banal e nem pensamos nisso por fazermos isso regularmente e utilitariamente, mas se pensarmos nesse acto artisticamente, ou como um acto artístico (são coisas diferentes) tudo se altera e começamos a ver os detalhes, as emoções, os significados, as tensões, tanta coisa... há o "pôr a colher na boca" e o "pensar no pôr a colher na boca".
A (pobre) analogia refere só a distância abismal entre o falar da morte e o ver a morte.
Está tudo óptimo: tenho duas costuras na cabeça de 2 e 3 pontos; duas na perna esquerda de 2 e 3 pontos; uma no dedo indicador esquerdo de 2 pontos; um entorse no pé esquerdo; arranhões em tudo quanto é canto do corpo; umas dorezinhas de cabeça; e uma alegria imensa cá dentro (daquelas muito simples que quando as vemos nunca percebemos muito bem), que me deixa dizer-vos: ESTOU VIVO!
Ah, para quem não sabe a história é a dos 6 professores que fizeram os "500metros jeep" modalidade "montanha a baixo" estilo "rebolanço".
Recusei a entrevista telefónica da TVI para vos dar o exclusivo, lol.
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