(para quem chega pela primeira vez aqui, ler o post a baixo, bem mais palpável)
Domingo de manha, depois de uma noite de copos e 5 horas de sono acordo as 9 da manha... em Bogota.
Si me perguntas algo pela mañana, mismo en ingles, digo "si!" o "que?" ... o espanhol entranha-se.
"Porque te ries?", todos perguntam. "Porque todo es muy hermoso aquí" digo.
Há uma sentimento que me invade quando viajo, o síndrome do viajante, que mal sei descrever.
As jorradas de vida, realidade, diferença que me penetram, reflectem-se nos meus olhos e no meu sorriso permanente. Um estado de harmonia com a violenta real-diversidade.
As ideias já não são concretizáveis, são meramente visíveis. As respostas possíveis da politica, metafisica ou ética misturam-se em volta da avalanche de dados. A maquina cérebro vai sempre dizer que há uma lógica, uma realidade, um sentido. Viajar é derrotar esta inércia estruturante do nosso cérebro.
Os amigos brasileiro, argentino e israelita ajudam a torrente; o amigo colombiano que nos acompanha pela noite como se fossemos amigos de anos também ajuda ao sorriso.
Onde esta Chavez entre a propaganda? Onde estão as veias abertas da América Latina? Onde está a justiça para tantos pobres?
O que somos, sudamericanos? Porque somos? Onde estamos? Porque estamos? Onde vamos? Porque vamos? Vamos?
Há só uma teoria que me invade lentamente, que todos confirmam mas ninguém concorda: somos todos a nossa educação e a luta que temos com ela nos limites de nos mesmos.
Ética e politicamente. Cultural e socialmente.
Siddartha diz-nos que, se formos capazes de absorver o para la dos nossos limites, chega-nos um sorriso. Deleuze diz-nos que se nos perdermos ai, no nirvana, na despersonalização, nos encontraremos num final. Nietzsche também vive ai, como se houvesse um ponto de chegada. Eu não espero encontrar-me senão na medida em que regressarei a mim, a uma construção qualquer; amalgama de educação e revolta.
Museo Botero, Bogota:
Esculturas de Ernst:
http://www.bc.edu/bc_org/avp/cas/fnart/art/20th/sculpture/ernst01.jpg
A obra fundadora do surrealismo esta em Bogota:
http://www.artfacts.net/newspics/2119_Busto
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